Django Livre


Que me perdoe um dos críticos do jornal Folha de São Paulo, que não gostou do novo filme de Quentin Tarantino mas, na minha visão, a poesia da violência voltou aos cinemas. Entendo que todas comparações são complicadas e querer comparar cineasta A com B é incorreto. Assim como é injusto exigir que toda obra do diretor de "Jackie Brown" seja tão inovadora como "Pulp Fiction - Tempos de Violência".


Outra crítica que li dizia que o cineasta só fala de violência e puxa as idéias de diretore consagrados...bobagem. Primeiro que o enredo aqui é mais bang bang e prova de amor, do que a violência explicita; segundo que ele buscou muita referência em diretores do estilo trash, que ninguém levava a sério. Respeito as opiniões divergentes, porém, não concordo.



"Django Livre" é um filme que homenageia, com louvor, os clássicos do faroeste. Como fã incondicional do diretor ficam até suspeitos os meus elogios, porém, todos são sinceros. A ponta de Franco Nero é um charme a mais para os fãs do Faroeste.



O filme mereceu cada indicação ao Oscar 2013. O trabalho realizado pelo elenco é perfeito, com destaque, novamente para Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios") vencedor do Globo de Ouro pelo papel, Jamie Foxx ("Collateral") e, principalmente, Leonardo DiCaprio (novamente injustiçado pela acadêmia).



O roteiro (vencedor do Globo de Ouro desse ano), pode até não ser tão criativo quanto "Pulp Fiction - Tempos de Violência" ou insano como "Cães de Aluguel", entretanto, isso não diminui sua qualidade e sua merecida indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Outro belo trabalho no filme é a fotografia, também indicada ao Oscar.


Outra marca conhecida de Tarantino são os diálogos afiados e inspirados. Em "Django Livre" novamente o cineasta deu pitadas de seu talento.



Diferente de alguns análises gostei de cada gota de sangue que explodiu na tela...entendo esse ser o charme do gênero homenageado. No estilo Western Spaghetti quanto mais sangue.......melhor.



Como fã de Tarantino, particularmente, senti falta de uma trilha sonora mais impactante. Existe umas duas belas canções, porém, o resultado foi menor, nesse quesito.



A poesia da violência voltou aos cinemas......corra antes que os tiros acabem na tela do cinema. A arte pede momentos de amor, drama e vingança.......esse último quesito podem deixar com Quentin Tarantino.



Como definiu bem um amigo cineasta: FILME GENIAL PARA UM DIRETOR GENIAL.


Texto dedicado aos amigos cinéfilos Fernando Dinelly da Costa Júnior e Sheila Maki de Moraes, dois fãs do mestre do sangue.
Sinopse - Ambientado no sul dos Estados Unidos dois anos antes da Guerra Civil, Django Livre é estrelado pelo vencedor do Oscar, Jamie Foxx, como Django, um escravo cujo histórico brutal com seus ex-senhores o coloca cara a cara com o caçador de recompensas alemão, Dr. King Schultz. Schultz está no encalço dos sanguinários irmãos Brittle, e Django é o único que pode levá-lo à sua recompensa. Heterodoxo, Schultz compra Django com a promessa de alforriá-lo assim que capturar os Brittle – mortos ou vivos.


Filme: 5 pipocas - ótimo

1 pipoca - péssimo

2 pipocas - ruim

3 pipocas - razoável/regular

4 pipocas - bom

5 pipocas - ótimo


28 comentários:

Emmanuela disse...

Poeta da violência mesmo, viva Tarantino!!

Amanda Aouad disse...

Eu gostei bastante do filme, acho acima da média, mas devo dizer que diante de sua filmografia, ele não é dos melhores. Não apenas por não ser tão inventivo, é que empolga menos mesmo. Achei que ele se alongou demais em algumas cenas, principalmente no final e a montagem ficou devendo.

Mas, é uma bela obra, sem dúvidas.

abraços

Ro Soares disse...

to morrendo de vontade de assistir depois do que você escreveu então tenho que ver urgente adorei o trailer. Adorei o texto.

Fábio Henrique Carmo disse...

Vi o filme e gostei bastante.

Acredito que certas cenas ultra-violentas servem até para nos dar a sensação necessária de revolta contra a escravidão, esse momento obscuro da humanidade que é pouco abordado no cinema.

Minha crítica fica por conta do roteiro, que se alongou demais. O filme poderia ter terminado antes do que terminou. De qualquer forma, muito criativo. A trilha sonora também poderia ter sido melhor (neste ponto, Kill Bill ainda é o melhor).Agora, o elenco está soberbo. Impecável! E interessante como esqueceram o personagem de Samuel L. Jackson, o mais repugnante do filme, em todas as premiações.

Grande filme, embora não seja o melhor de Tarantino. Em breve, também estarei com resenha. Abraço!

J. BRUNO disse...

Muita gente tem apontado a montagem do filme como um problema, eu discordo, o que aconteceu foi que o novo montador trouxe sua própria marca, o que talvez tenha influenciado no fato deste ser uma história linear e sem tantos experimentalismos neste quesito. Acredito que os momentos nos quais o ritmo diminuiu são necessários para que aconteça a catarse no último ato...

Leia depois meu texto sobre ele: http://sublimeirrealidade.blogspot.com.br/2013/01/django-livre.html

Unknown disse...

Ótimo filme, divertido e cativante. Não acho o melhor do diretor, mas ainda assim, é muito acima da média.

! Marcelo Cândido ! disse...

Essa semana assistirei!

Adriano NOvaes disse...

Adriano Novaes >>> assisti ao filme e gostei muito Tarantino sempre tem uma pegada faroest ou filme chines de luta ... mas gostei do filme achei algumas coisas do quisito roteiro um pouco pobre mas o filme é sí achei bom, nao levaria nenhum oscar na minha opnião ...

Iza disse...

Estou esperando estrear no cinema da minha cidade - consegui convencer minha mãe a me deixar assistir o/

Tarantino é o meu diretor predileto e eu não posso deixar de asssitir Django. Adorei sua postagem.

Abraços :)

Alan Raspante disse...

Ainda não assisti, mas quero muito ver, mas tem que ser no cinema =D

Marcão disse...

Em tempos de filmes "digitais demais", é muito bom sair da sala de projeção sabendo que assistiu um filme digno da palavra CINEMA como Django.

Pra variar, ótimo texto para um excelente filme!

E viva o Bang Bang à Italiana!

Abrasss

Rodrigo Mendes disse...

Também não concordo com essas críticas negativas que você citou e discorde de você apenas no quesito Trilha Sonora que na minha opinião, continua a ser uma especialidade do Tarantino. Conseguir que o tema original de Bacalov funcionasse também para a sua versão faroeste sulista, bom, é no mínimo genial.

Elenco afiadíssimo e o diretor também.

Abraço!


Anônimo disse...

Adorei o filme apesar de não ser tão fã de Quentin Tarantino, mas realmente o filme tem uma poesia
que fala de amor e humanindade.

Sônia Alves

Cine Sampa disse...

Adoorei esse filme! Tambem fiz comnetário no meu Blog sobre ele! Tarantino sempre diferente e genial!

Jenifer Torres disse...

Quentin Tarantino é mesmo um mestre em construir histórias sobre vingança. Para os personagens de Tarantino, vingança não é um prato que se come cru. É um prato que se delicia aos poucos, sentado a uma mesa bem posta e, de preferência, com o corpo de seu inimigo a servir de assento. Agora, a pergunta que não quer calar é: por que será que a Academia pega tanto no pé do DiCaprio? Abraços.

Jenifer Torres disse...

Quentin Tarantino é mesmo um mestre em construir histórias sobre vingança. Para os personagens de Tarantino, vingança não é um prato que se come cru. É um prato que se delicia aos poucos, sentado a uma mesa bem posta e, de preferência, com o corpo de seu inimigo a servir de assento. Abraços.

Tiago Britto disse...

O Filme é perfeito e dos indicados é aquele que mais vai agradar a todos os públicos...O velho Taranta é foda!

Milena Cherubim disse...

Adorei, mesmo não gostando muito da atuação do Di Caprio em A Ilha, massss vou tentar só porque é Tarantino heheh

Emerson Silva disse...

A poesia da violência voltou ao cinema! Disse tudo! Ainda não vi e mesmo que digam não se tratar de uma obra prima do Tarantino, para os fãs não deixa de ser um clássico!

Abraço!

P.S. bom blog!

Renato Oliveira disse...

Não me identifico absolutamente com os trabalhos dele, mas mesmo assim, pelos que assisti, é impossível não considerá-lo um realizador singular.

Como tu muito bem acentuou, algumas/muitas comparações não levam a alguma conclusão significativa. Também penso que aquilo que os diretores produzem em cada época tem relação com um momento intrapsíquico deles. Por isso, por exemplo, seria estranho ele produzir um "novo Pulp fiction".

Tô de volta com o Cine Freud.

Abraços

Maxwell Soares disse...

Poesia da violência. Gostei da frase. De um tempo pra cá passei a ver mais esse filmes do gênero faroeste. Meu pai é um fã de carteirinha. Gosto muito do Dicaprio. Ainda, não vi este. Mais tentarei vê-lo, mais rápido possivel. Excelente postagem. Um abraço...

bruno knott disse...

Não há como não celebrar o Tarantino... o cara é um diretor diferenciado, mas não nego que me decepcionei um pouco aqui... mas ainda assim achei Django um excelente filme. Daria 4 pipocas!

Gilberto Carlos disse...

Quentin Tarantino sempre dirige filmes interessantes e inovadores. Gostei bastante de Django Livre, que discute a escravidão, sendo ao mesmo tempo, dramático e engraçado. Abraços.

Tsu disse...

Oi Renato.
Eu faço o caderno...é só mandar as imagens hohohoh.
Estou louca para ver esse filme..Tarantino é meu segundo diretor preferido (depois de Kubrick)
Opa posso divulgar seu blog no meu sim...se vc divulgar meu blog no seu! Vamos fazer uma parceria..tem botton?
Ok ok..eu prometo que irei começar a selecionar os cosplays do Curinga kkk
bjs

Rubi disse...

Confesso que quando vi que o texto se tratava do filme Django Livre, passei direto. Vou assistir essa semana e depois volto pra fazer um comentário à altura!

Até breve!

Unknown disse...

Belo texto sobre o filme!
Sintetizou bem a idéia do filme!
A poesia da violência voltou!

Achei o filme incrível!
Muita gente torceu o nariz, dizendo que Tarantino errou a mão..
Mas na boa, acertou e em cheio ainda.

Grande abraço!

Elton Telles disse...

Um ótimo entretenimento! Tarantino não se inspira em nenhum grande ator exatamente (Leone, Peckinpah...) e produz um faroeste legítimo com sua assinatura singular.

Abs!

Anônimo disse...

Eu adorei o filme. Até na hora de matar havia humor e uma certa irreverência que prendeu o público do início ao fim.
bjkas