Minhas Mães e Meu Pai


Minhas Mães e Meu Pai – Para falar do filme “Minhas Mãe e Meu Pai” resolvi inverter o que normalmente faço e começar interpretando o que me agradou pouco na produção. Ou seja, o que entendo como pontos negativos do longa-metragem.

Apesar de indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, a atuação de Mark Ruffalo (“Ilha do Medo”) não me convenceu. Pelo contrário. Entendo que ele teve outro desempenho no piloto automático que não mostrou nada acima da média. Sendo bem sincero, tenho medo do que ele fará ao representar Hulk no cinema (se bem que esse personagem está bem judiado na tela grande). Sei que posso estar sendo chato, mas, sempre sou sincero.

Outra pequena crítica que faço a produção é a falta de profundidade na visão dos dois filhos sobre a relação das mães. A sensação inicial que se tem é de felicidade total na família. Porém, a mesma beleza familiar se quebra facilmente no primeiro segundo que o “pai” aparece. Além disso, a meu ver, as cenas de sexo poderiam ser mais sensuais. A única cena de sexo entre as mães que “Minhas Mães e Meu Pai” mostra ao público não possui, na minha visão, nenhuma sensualidade ou sentimento, diferente da relação que é apresentada entre as personagens. Achei muito superficial e banal. Faltou ousadia e erotismo.

Sei que devo arrumar alguns “inimigos” e devo ter várias criticas. Mas, a verdade é que esperava muuuuito mais da produção. Esperava tanto que alterei a produção do link A SEGUIR. Achei que valeria a pena.
Isso não quer dizer que o filme seja ruim. Apenas demonstra que esperei mais do que o filme me demonstrou. Quando peguei “Minhas Mães e Meu Pai” estava crente que iria assistir algo ousado, criativo e com roteiro original. Dos três itens apenas o último (indicado ao Oscar de melhor roteiro original) realmente me conquistou.

O filme é original, pelo menos em sua ideia inicial. Uma família moderna, resolvida que busca o prazer e felicidade absoluta. Mas, faltou algo no roteiro: profundidade ao tema.
Entretanto, é impossível falar do filme sem citar as atuações perfeitas de Julianne Moore (“Ensaio Sobre a Cegueira”) e, principalmente de Annette Bening (“Beleza Americana”, merecidamente indicada ao Oscar).

Elogio também a construção das duas protagonistas Jules (Moore) é o símbolo da mulher submissa e infeliz e que esta prestes a explodir em nome da vida própria; Nic (Bening) é o oposto, dominadora, prestes a descobrir a importância de se preocupar com os desejos das pessoas que ama.

As duas últimas reuniões familiares também merecem elogios e aplausos: possuem emoção, sinceridade e energia.

Só faltou ousar no erotismo do filme.

Sinopse - Dois irmãos adolescentes, Joni (Mia Wasikowaska) e Laser (Josh Hutcherson), são filhos do casal homossexual Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening), concebidos através da inseminação artificial de um doador anônimo. Contudo, ao completar a maioridade, Joni encoraja o irmão a embarcar numa aventura para encontrar o pai biológico sem que as "mães" soubessem. Quando Paul (Mark Ruffalo) aparece tudo muda, já que logo ela passa a fazer parte do cotidiano da família.objeto de afeto.
Filme: 3,5 pipocas

1 pipoca – péssimo
2 pipocas – ruim
3 pipocas – razóavel/regular
4 pipocas – bom
5 pipocas – imperdível

16 comentários:

Gabriel Neves disse...

Aaah, desse eu gostei. Mas acho que fui diferente, eu não esperava muita coisa de Minhas Mães e Meu Pai, apenas uma atuação excelente de Moore e nada mais. Mas me surpreendi. Gostei da atuação de Ruffalo e achei que a química de Bening e Moore em cena, bem mais crível que a de vários heterossexuais das telonas, encobriu bem a parte sexual da trama.
Abraços.

Rosane Marega disse...

Passando para conferir tua dica e deixar um beijãOOOO

Guará Matos disse...

Mais uma dica daquelas que não se deve ignorar.
Abraços.

Amanda Aouad disse...

Ah... Renanto, eu gostei tanto de Mark Ruffalo nesse filme, de verdade, ele me surpreendeu e achei que segurou bem as pontas junto com as duas protagonistas. Concordo, no entanto, com a falta de ousadia e a posição dos dois filhos é mesmo estranha em muitos momentos.

bjs

Cine Mosaico disse...

Gostei desse filme. Mereceu estar entre os dez indicados ao Oscar pela da ousadia da proposta inicial. Como você citou, faltou ousadia na execução do roteiro (a falta de erotismo entre as mães é um exemplo disso).

Para mim, o personagem mais "apagadinho" mesmo foi o filho (Josh Hutcherson). Gostei da atuação de Mia Wasikowaska, achei que ela transmite mais emoção que em "Alice" (ZzZzzz...)

O Mark Ruffalo faz aquele papel do cara que a gente tem vontade de ser amigo. Um "niceguy". No fim das contas, é um filme divertido, mas nada surpreendente.

:: Abs. João Linno ::

júpiter disse...

Não assisti ainda, mas quero ver. Vi o trailer dele já faz um bom tempo no cinema mas depois disso acabei esquecendo.
O bom é que agora você me lembrou e vou anotar para ver.
Você tem que escrever sobre 127 horas. Eu assisti e adorei.
beijos!

Rosane Marega disse...

Beijosssssssssssss

♪ Sil disse...

Conferindo dicas pra passar o carnaval, já que não curto muito, vou ficar vendo videos.

Um beijo Renato!

quaresma. disse...

eu vi o cartaz desse filme e fiquei imaginando como seria, mas não me senti muito curiosa, ainda mais depois de ler o que tu escreveu '-'

beijas, eterno :*
<3

Cristiano Contreiras disse...

Discordo integralmente do teu texto, ainda que eu não ache esse filme perfeito, ele tem seu valor - o elenco segura as pontas, eu acho que Ruffalo está ótimo, mereceu a indicação. E o filme é mesmo uma dramédia, com isso o resultado é eficiente. abs

Sonhos De Deus disse...

Oii,passando pr ti dar boa tarde,e ti falar assi:Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.Sorria sempre vc é especial,um final de semana com muita paz!!!

Tô Ligado disse...

Acho que irei assistir esse filme só por causa do Mark Ruffal. Sou fã dele.

░<«¿♥*Vivi Carvalho*♥¿»> ░ disse...

Ola invadi seu blo... rsrs estava blogueando por ai e achei o seu... achei mto interessante a idéia e o conteudo do blog.... cinema e cultura, é emoção,,, é magia.... claro que sou suspeita pra falar, pq tenho paixão pelas artes dramaticas.... adoro cinema, mas sou apaixonada por teatro rsrsrsrrs...

parabéns pela idéia vou seguir seu blog pra me atualizar srrsr

Silvano Vianna disse...

Assisti recentemente Renato.
Achei na verdade ele pior do que esperava, talvez tenha ficado com uma expectativa muito grande por causa dos comentários de Tiago sobre o filme....mas ainda assim é legal.

Guilherme Z. disse...

Eu não criei expectativas quanto a esse filme Renato, mas gostei do resultado. Acho que apresentou o que propunha direitinho. O problema é que as indicações ao Oscar vieram para impor ao filme algo que ele não oferece. Não é surpreendente, é correto.

http://acervodocinema.blogspot.com
http://memoriadasetimaarte.blogspot.com

Luís Azevedo disse...

Achei este filme, também reparei na falta de erotismo nas cenas de sexo, mas creio que isso não foi deixado ao acaso. Um filme com um casal homossexual com cenas eróticas ficaria conotado como um filme homossexual. A meu ver, este é um filme sobre família. A atitude dos filhos face ás mães é de normalidade, porque elas não as vêm como homossexuais; qualquer filho vê os pais como seres assexuados.
Apesar de não concordar com vários pontos que referiste, gostei da crítica porque deste uma opinião que me pareceu verdadeiramente pessoal.
Parabéns pelo Blog.