O HOMEM DA MÁFIA




 
 
 
É inegável que Brad Pitt é uma estrela do cinema americano e que leva muito a sério sua carreira profissional. O protagonista de "Seven - Os Sete Pecados Capitais", sempre se preocupa em construir personagens sólidos: sejam eles perturbados ("Os Doze Macacos"); românticos ("Lendas da Paixão"); vazios ("Amor a Queima-Roupa) ou diabólicos ("Encontro Marcado"). Entendo que ele tem o mesmo perfil e qualidade de Leonardo Di Caprio, outro símbolo de sua geração.
 
 
 
Em "O Homem da Máfia" Pitt encarna um matador da máfia frio, calculista....e profissional. Atuação mágica e cativante eu diria. Não vi todos os que foram indicados ao Oscar de melhor ator em 2013, mas, talvez, ele fosse merecedor de uma lembrança. O marido de Angeline Jolie faz um trabalho digno de Robert De Niro, nos tempos da parceria com Scorsese com o tema Máfia.
 
 
 
 
Entretanto não se enganem, essa é uma obra que possui outras atuações vibrantes e dignas da perfeição: Ray Liotta ("Os Bons Companheiros" e, principalmente James Gandolfinin "Família Soprano") dão aula de atuação demonstrando que o mundo da máfia é perfeita para ambos. Gandolfini apesar do pouco tempo em cena é outro que deveria ter sido lembrado pela Acadêmia.


Os personagens de "O Homem da Máfia", podem me chamar de insano, louco ou irracional, me levaram ao submundo de Charles Bukowski. Todos são imperfeitos, cruéis, reais e sujos, no sentido humano da palavra.
 
 
 
O engraçado, ou trágico sobre alguns comentários que li é de que o filme é lento e de que os diálogos são frágeis. Além disso vi opiniões dizendo de que para um filme de "máfia" a obra apresenta poucas mortes. Gosto é gosto, porém, minha opinião é totalmente diferente. Entendo que esses pontos que me fizeram apreciar ainda mais o filme.
 
 
 
O ritmo da história me atraiu muito; os diálogos, calmos, serenos e reais, me encantaram muito. A questão sobre as mortes penso que: quantidade não é qualidade.  "O Homem da Máfia" obviamente não é um filme para o grande público. Essa é uma história que precisa ser degustada por quem se apaixona com a poesia, mesmo que seja da violência. Aqui não existe ação sem conteúdo. O tempo é valorizado. Nada é por acaso, tanto que o astro do filme só aparece na tela com quase 30 minutos de projeção.
 
 
 
A visita que o roteiro faz aos tempos atuais, onde a história brinca de que o mafioso pode ser um representante da máfia do governo americano é perfeita.
 
 
Para finalizar me sinto obrigado a elogiar:
- a trilha sonora - espetacular que conta com música de The Velvet Underground.
- a fotografia - suja, real e verdadeira.


Acredito que ter uma expectativa regular para o filme tenha me feito ter uma sensação boa no final. Mas, a verdade é que apesar de "O Homem da Máfia" não ser tão maravilhoso quanto o clássico "Os Bons Companheiros", entendo que ele cumpre seu papel.


E viva a máfia.

 
 
 
 
 
 
 
 
Sinopse - "O Homem da Máfia" é baseado no livro homônimo de George Higgins, e acompanha Jackie Cogan (Pitt), um detetive contratado para investigar um assalto a um jogo de pôquer de altas cifras que acontecia sob a proteção da máfia. Jackie terá que desarmar todas as armadilhas colocadas em seu caminho numa corrida contra o tempo para solucionar esse mistério


 
Filme: 4 pipocas - bom







1 pipoca - péssimo

2 pipocas - ruim

3 pipocas - razoável/regular

4 pipocas - bom

5 pipocas - ótimo




17 comentários:

! Marcelo Cândido ! disse...

Acho que DiCaprio e Pittm, os dois não demorarão muito a ganharem um Oscar!

Fábio Henrique Carmo disse...

Nossa, muito positivos seus comentários, Renato. Não tinha uma grande uma grande expecativa para este filme, mas elas aumentaram agora com suas impressões. Abraço!

Joicy Sorcière disse...

Oieeeeeeee... olha, eu aprendi a gostar demais das atuações do Pitt. Acho que ele conseguiu mostrar que é muito mais que um rostinho bonito(quer dizer, lindo! rs). O cara manda bem pra caramba. Mas, este aí eu ainda não conferi! Tá na lista...

bjks

JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

Iza disse...

Humm interessante. Vou procurar assistir. Adoro o Brad Pitt, em especial sua atuação em O Clube da Luta. E aí preparado para o Óscar?

Renato Oliveira disse...

Renato,

muito bem acentuado por ti acerca da poesia da violência. Pra mim a temática da violência é algo que não parará de se inscrever. O que quero dizer com isto? rs
Na verdade sempre se suscitarão questões sobre o que ela provoca. Para algumas pessoas, nada mais é que distração - "pura pancadaria". Mas pode ser arte e até mesmo via de reflexão e crítica, como você escreveu.

Abraços

Gilberto Carlos disse...

Gosto dos filmes de Brad Pitt. Baixei dia desses O homem que mudou o jogo, pelo qual foi indicado ao Oscar. Agora falta esse. Abraços.

Anônimo disse...

Gostei da resenha. Atiçou minha vontade de ver o filme.
Obrigada pelas suas visitas. Estarei por aqui também.
bjkas doces e boa semana.

Unknown disse...

Achei esse filme 3/5. O diretor parece se preocupar muito com a parte estética e em fazer uma crítica social, por vezes até ingênua. Quando ele se liberta desses maneirismos, o filme melhor muito.

Abração!

Emerson Silva disse...

Queri ver Ray Liota e Pitt juntos, gosto muito do Pitt e em Bejamin Button já acho que ele deveria ter ganho.

Abraço!

Gilberto Carlos disse...

Ola, Renato. Recebi o selo Programa de incentivo à leitura e o concedo a você. Vá lá no Gilberto Cinema e confira. Abraços.

Hugo disse...

Tem um selo para você no blog.

Abraço

O Neto do Herculano disse...

Aviso aos sensíveis: cuidado com o spoiller.


Gostei bastante da plasticidade da morte do personagem de Ray Liotta, belissima.

Mas gostei ainda mais do diálogo final, quando a liberdade dos EUA de hoje encontra a hipocrisia do ex presidente Thomas Jefferson. Massa.

Tsu disse...

Renato....
¬¬
Quando eu fazer a sessão cosplay do Curinga quero um comentário gigante sobre, ok? Rs
Sobre o filme...esse estoque querendo ver desde que vi informações. Ptt é, assim como Tom Cruise, um excelente ator. Tudo bem que o Cruise comete mais deslizes de atuação mas como não mencionarmos a parceria perfeita que ambos fizeram em Entrevista com o Vampiro? Ouso dizer que esse filme, tanto para Pitt como para Cruise foi um dos maiores desafios para eles...não é fácil conseguir SER os vampiros de Anne Rice.
bjs

Rubi disse...

Vi poucos filmes do Brad Pitt, e esse, até então, eu desconhecia. Pela sua resenha, parece ser um excelente filme. Mais uma dica anotada!

Maria Alice Cerqueira disse...

Ola Renato Vim agradecer sua presença, e seus gentis comentários em meu recanto.
Um bom dia para voce.
Abraço frateno.
Maria Alice

Tô Ligado disse...

Acho que determinados atores e atrizes sofrem muito preconceito por ter uma aparencia privilegiado... O casal Pitt e Jolie são provas disso

Alysson disse...

Ola Renato curti a postagem ja estava com vontade de ver esse filme e agora depois de sua postagem fiquei com mais vontade. Seu blog ja esta um tempo como blogs parceiros em meu blog mas nao vi meu blog aqui no seu ja nao eramos parceiros? Aguardo contato.